Não se fala noutra coisa, seja nas redes sociais, seja nos meios de comunicação, ou até em todas as conversas que temos com um amigo ao telefone, com familiares através da internet… É inevitável porque é o que estamos a viver! Sem certezas no futuro e muitas vezes sem perspectiva de voltar à normalidade, vamos vivendo aos poucos um dia de cada vez. Pois é! É o tempo do Covid!
Isto já não é novo
Muitos assuntos que hoje são falados pelo facto de ter aparecido o Covid-19 na nossa vida, são assuntos que já deveriam estar enraizados no nosso quotidiano. Rotinas de higiene diárias e outras várias vezes ao dia são um exemplo disso… Ainda mais se trabalhamos com alimentação, se confeccionamos alimentos para colocar na mesa dos outros! Aí a responsabilidade aumenta! A segurança alimentar é algo que deveria ser implementada desde sempre, quando se começa a trabalhar com bolos, sobremesas, doces, etc. Aliás, ela é legalmente obrigatória… Mas infelizmente para muitos, esta não é uma prioridade, e muitas vezes nem sequer é algo que se conheça minimamente…
Segurança Alimentar em tempo de Covid
Há uns dias deparei-me com uma situação que achei interessante. Num dos processo de formação individual que acompanho explicava como implementar a Segurança Alimentar e o sistema HACCP. Quando cheguei à parte das acções que deverão ser implementadas para a segurança e higiene alimentar, em todas elas acabava por terminar a frase com um “nada que com o Covid já não se tenha ouvido falar!”. O lavar as mãos constantemente, o utilizar uma máscara quando estamos doentes (constipados, com tosse, etc.), o desinfectar dos materiais e das superfícies, o evitar mexer em dinheiro enquanto confeccionamos os alimentos, fazem parte das boas práticas de higiene alimentar. Por isso, para mim que ensino sobre este tema e implemento isto no meu dia-a-dia, nomeadamente quando confecciono os bolos e doces na JoaninhaDoce, não é nada que eu já não coloque em prática…
Importância de aplicar os cuidados
A higiene e segurança alimentar é obrigatória para todos os produtores de alimentos. A implementação do Sistema HACCP é o que permite garantir que estas práticas de higiene e segurança são cumpridas e por que por isso produzem produtos seguros para o consumo humano! Numa altura em que tanto se fala do sector da restauração voltar ao activo, muitas vezes nos esquecemos que quando compramos bolos decorados à amiga, sobremesas à vizinha, compotas ao colega de trabalho, estamos a comprar produtos confeccionados por outras pessoas. E se houve coisa que o Covid veio desvendar é que nestas situações de manter a nossa saúde salvaguardada, todos as pessoas são possíveis transmissores.
Então qual a diferença?
Quem garante que a vizinha, a amiga, o colega de trabalho implementam as regras de higiene nas suas confecções?! Assim como, quem garante que alguém que não está a usar máscara num espaço público não está possivelmente infectado com o vírus?! Neste 2º caso a única forma de o comprovar é fazendo o teste ao vírus! No 1º caso, a única forma de garantir que aqueles produtos são seguros para o consumo é ter implementado o sistema HACCP! E qual é o problema aqui?! Assim, como o vírus pode não revelar sintomas logo de imediato, neste tipo de produções que referi muitas pessoas nunca ouviram sequer falar em regras de higiene alimentar, quanto mais na sua implementação!
O que fazer então?
Quando consumir alimentos comprados fora, certifica-te que o produtor/fabricante tem implementado o sistema HACCP e que cumpre os requisitos de higiene e segurança alimentar na produção dos alimentos que vende. Só assim conseguem garantir produtos seguros para o consumo. Na JoaninhaDoce a garantia de que todos os produtos que saem da minha cozinha são seguros e de confiança é dada pelo cumprimento de todos os pressupostos legais obrigatórios a nível da segurança alimentar (actividade legalizada, a cozinha certifica para a produção de bolos e sobremesas e o sistema HACCP implementado) por isso, toda a produção é controlada desde o início até chegar às mão de quem confia no meu trabalho enquanto cake designer.
E tu? Já tinhas pensado nesta perspectiva? O que achas sobre isto?
Autoria: Joana Tedim
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